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Romances

Resenha: O Efeito Rosie, Graeme Simsion

Quem leu minha resenha de O Projeto Rosie sabe que eu me apaixonei demais pelo Don. Minha sorte foi já ter os dois livros aqui em casa, então corri para começar a ler mais sobre esse desajeitado adorável. Já pela sinopse dá pra ter uma ideia do que acontece no primeiro livro e para onde vamos nesse novo, mas não é nada que não dê para deduzir já com o título.

A sequência do best-seller internacional O Projeto Rosie.
O Projeto Rosie foi concluído, e Don e sua amada estão morando em Nova York. Ele é professor na Universidade de Columbia, e Rosie cursa o primeiro ano do programa de doutorado em medicina. Tudo vai muito bem até o dia em que ela anuncia: “Estamos grávidos.”
Diante do desafio ainda maior do que encontrar uma esposa, Don não vê alternativa a não ser iniciar o Projeto Bebê. Ao tentar definir os protocolos para se tornar pai, usando seu estilo de pesquisa peculiar e suas habilidades sociais – ainda baixíssimas –, Don, é claro, acaba se metendo em várias confusões e mal-entendidos. Agora ele corre o risco de ser processado, deportado, de perder a credibilidade profissional e, o pior, de perder Rosie para sempre.
Prepare-se para rir, chorar e se emocionar novamente com o professor de genética mais carismático de todos os tempos.
Fonte: Skoob

Então Rosie e Don estão casados. A vida rotineira já não é tão planejada, mas algo ainda menos planejado aparece em suas vidas: um bebê. Don, como esperado, não sabe muito como reagir, mas logo coloca em prática o Projeto Bebê, para pesquisar comidas saudáveis, berços, carrinhos e outras coisas relacionadas ao bebê. Mas Don não percebe como algumas de suas atitudes além de não ajudarem Rosie, estão atrapalhando.

Ao contrário do primeiro livro, a confusão e manias de Don não dão certo sem querer. Inclusive ele acaba numa enrascada e, na tentativa de sair dela sem que ninguém descubra, acaba aumentando o problema. Seria uma ótima premissa para o livro, mas isso me incomodou um pouco. Rosie e Don tem uma dinâmica super interessante e, nesse livro, parece que as coisas não fluem bem. As confusões de Don poderiam ser resolvidas se ele optasse conversar com a Rosie sobre eles, então o desenvolvimento da narrativa me pareceu forçado, em cima de algo que poderia não existir.

A escrita de Graeme Simsion continua maravilhosa, mesmo em uma narrativa que não me agradou muito. O Efeito Rosie continua com situações engraçadas, mas dessa vez não é Don que cativa, e sim a curiosidade para saber como vão ficar as coisas no final.

Indico o livro para quem gostou do O Projeto Rosie e indico os dois livros para quem ainda não leu. Graeme Simsion escreve um romance contemporâneo e foge de tantos clichês que esse livro é, realmente, uma escapatória dos estereótipos desse gênero.

Ficha técnica
Autor: 
Graeme Simsion
Editora: Record
Ano: 2016
Páginas: 416
ISBN-10: 8501106550

Resenha: É assim que acaba, Colleen Hoover

Colleen Hoover é o tipo de autora que sabe escrever um livro envolvente. Já li algumas histórias românticas criadas por ela e já sei um pouco o que esperar em seus livros. De qualquer maneira, esse me surpreendeu em vários aspectos.


Lily nem sempre teve uma vida fácil, mas isso nunca a impediu de trabalhar arduamente para conquistar a vida tão sonhada. Ela percorreu um longo caminho desde a infância, em uma cidadezinha no Maine: se formou em marketing, mudou para Boston e abriu a própria loja. Então, quando se sente atraída por um lindo neurocirurgião chamado Ryle Kincaid, tudo parece perfeito demais para ser verdade.
Ryle é confiante, teimoso, talvez até um pouco arrogante. Ele também é sensível, brilhante e se sente atraído por Lily. Porém, sua grande aversão a relacionamentos é perturbadora. Além de estar sobrecarregada com as questões sobre seu novo relacionamento, Lily não consegue tirar Atlas Corrigan da cabeça — seu primeiro amor e a ligação com o passado que ela deixou para trás. Ele era seu protetor, alguém com quem tinha grande afinidade. Quando Atlas reaparece de repente, tudo que Lily construiu com Ryle fica em risco.
Fonte: Grupo Editorial Record 

Lily, Ryle e Atlas são meus personagens preferidos da Colleen. A história se passa quando os três estão no começo da vida adulta, seus 20 e poucos anos, começando carreiras, mudando de sonhos e lidando com relacionamentos. Esse foi um dos aspectos que mais gostei no livro, já que até então só tinha lido livros dela direcionados a Young Adults, com os conhecidos personagens de 16 anos.

Os três têm histórias de vida que justificam quem são e decisões que tomam no presente. Marcados por fatos em seus passados, que aparecem com frequência em várias das situações do presente, temos uma narrativa que fica bem dinâmica. Lily é quem conta a história. Pelo seu ponto de vista, acompanhamos seu novo emprego e relacionamento com Ryle enquanto lemos seus antigos diários e conhecemos mais sobre ela e também sobre seu primeiro amor, Atlas.

Tudo poderia ser um romance água com açúcar, um triângulo amoroso, mas (como já é esperado em um livro da Colleen), temos uma situação dramática na história. Dessa vez, a pauta escolhida é a violência doméstica. Desde o começo do livro sabemos que o pai de Lily abusava de sua mãe, mas Colleen nos surpreende e coloca o assunto no centro da narrativa no presente e com nossos personagens principais.

“Quinze segundos. Isso é tudo o que é preciso para mudar completamente tudo sobre uma pessoa.”

Não tem como parar de ler depois que chegamos a esse ponto. Não tem como não nos colocarmos no lugar das personagens. É a partir daqui que a narrativa te coloca para refletir.

“Todos somos humanos e, às vezes, fazemos coisas ruins.”

Eu gostei muito do modo como as situações foram conduzidas. É tudo verossímil e isso deixa o livro muito melhor. Colleen fez um trabalho excelente em conduzir a narrativa sem induzir o leitor a ter uma opinião a favor ou contra os personagens. Você toma as próprias decisões e pode concordar ou não com as escolhas tomadas.

Considero esse o melhor livro publicado pela Colleen até o momento aqui no Brasil. Só achei que o título em inglês (It Ends With Us) faz muito mais sentido com a narrativa que a tradução, mesmo sendo quase um spoiler. Vale super a pena a leitura, mas também vale o aviso que temos cenas bem explícitas de violência. Inclusive, no fim do livro, temos notas da autora, que também são explícitas, sobre o que a inspirou a contar essa história.

Ficha técnica
Autora: Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Ano: 2018
Páginas: 368
ISBN-10: 8501301647

Resenha: O Projeto Rosie, Graeme Simsion

Quer se apaixonar pelas ações de um personagem? Pela narrativa e estilo de escrita? Conheça Don Tillman e O Projeto Rosie. A primeira vez que ouvi falar sobre essa história foi num daqueles textos que o Bill Gates faz divulgando listas de livros que ele gostou. O nome me chamou a atenção e, quando a Record relançou o livro com uma nova capa – assim que saiu o segundo volume da história – não tive dúvidas que queria conhecer a história. Ainda bem, porque me apaixonei perdidamente por essa narrativa.

Para se ter a vida de Don Tillman, não é preciso muito esforço. Às terças-feiras come-se lagosta com salada de wasabi; todos os compromissos são executados de acordo com o cronograma e, se apesar dessa programação, algum desagradável contratempo surgir em sua rotina, não há nada que não possa ser solucionado com meia hora de pesquisa científica. Exceto as mulheres. Até o momento, a única coisa não esclarecida pelos estudos no campo de atuação de Don, a genética, é o motivo para sua incapacidade de arrumar uma esposa. Uma namorada ao menos? Ou até mesmo uma amiga para somar ao seleto grupo de amigos de Don, formado por Gene, também professor na universidade, e a mulher dele, Claudia, psicóloga e esposa muito compreensiva. Para solucionar esse problema do modo mais eficaz, Don desenvolve o Projeto Esposa, um questionário meticuloso que irá ajudá-lo a filtrar candidatas inadequadas a seu estilo de vida. O único problema é que um questionário desse tipo exige tempo e dedicação, duas coisas que começaram a diminuir exponencialmente no cotidiano de Don desde que ele conheceu Rosie: fumante, vegetariana e incapaz de chegar na hora marcada. Ou esse era o único problema até Rosie entrar na vida de Don e – despretensiosamente, uma vez que ela nunca se candidatou ao Projeto Esposa – mostrá-lo que a mulher ideal não existe, mas o amor, sim.

Don é cheio de manias. Cheio mesmo. Sua rotina é cheia de detalhes e seu cronograma feito com base nos minutos. Isso poderia ser muito irritante em um personagem principal, não fosse o humor com que tudo é contado e o próprio enredo. Don quer uma esposa, mas não pode ser qualquer mulher – nem esperar uma paixão. Para encontrar a candidata perfeita, cria um questionário insano.

Em meio as entrevistas, conhece Rosie, que não sabe quem é seu pai. Don então decide ajudá-la e acaba percebendo que o questionário não vai bem, pois ele prefere passar seu tempo com Rosie – que, aliás, tem respostas erradas para quase todos os itens do questionário. Surge então O Projeto Rosie, e nós podemos acompanhar de perto as situações que esse casal passa.


A narrativa transforma esse livro em algo super divertido, que não queremos parar de ler. Don é o cara mais irritante e mais apaixonante que eu já vi – ele lembra um pouco o Sheldon, de The Big Bang Theory, mas consegue ter manias ainda mais esquisitas e ele sempre acaba em situações bizarras (para ele, para o leitor são mesmo super engraçadas). A leitura flui muito bem e quando vemos, a história já acabou e queremos mais. A ideia é muito boa e Graeme Simsion conduziu o livro muito bem.

É um livro que daria um ótimo filme de comédia romântica – aqueles estilo anos 90/00 que eram super divertidos e ótimos para um dia preguiçoso – mas apesar de terem algumas negociações, não parece que vai sair do papel tão em breve (existe um lançamento para maio de 2019, mas não sei se ainda é válido).

A edição que eu peguei é a segunda lançada aqui no Brasil, essa da da capa laranja, que, apesar de menos fofa que a outra (que vocês podem ver ali em cima), faz muito mais sentido com o estilo literário dos livros. Como curiosidade, o livro se passa na Austrália, de onde é o autor.

Em breve rola a resenha da continuação, O Efeito Rosie, por aqui. Não perca!

 

 

 

Ficha Técnica:
Autor: Graeme Simsion
Editora: Record
Ano: 2013
Páginas: 320
ISBN-10: 8501402214

Resenha: A probabilidade estatística do amor à primeira vista, Jennifer E. Smith

A probabilidade estatística do amor à primeira vista é o tipo de livro que eu comprei pela capa (a versão brasileira, que é muito mais fofa do que a original). Ela me enganou um pouco sobre a história, mas foi um livro super gostoso de ler.

Com uma certa atmosfera de Um dia, mas voltado para o público jovem adulto, A probabilidade estatística do amor à primeira vista é uma história romântica, capaz de conquistar fãs de todas as idades. Quem imaginaria que quatro minutos poderiam mudar a vida de alguém? Mas é exatamente o que acontece com Hadley. Presa no aeroporto em Nova York, esperando outro voo depois de perder o seu, ela conhece Oliver. Um britânico fofo, que se senta a seu lado na viagem para Londres. Enquanto conversam sobre tudo, eles provam que o tempo é, sim, muito, muito relativo. Passada em apenas 24 horas, a história de Oliver e Hadley mostra que o amor, diferentemente das bagagens, jamais se extravia.
Fonte: Skoob

O jeito como Hadley e Oliver se conhecem é típico de sonhos/filmes de comédia romântica. E é o que dá o tom à história toda. Eles se conhecem no aeroporto e acabam sentando ao lado um do outro no avião, pela ajuda de uma senhorinha que acha que eles são namorados e se oferece para trocar de lugar com um deles.

Hadley não está nada animada com a viagem para Londres, já que está indo para o casamento do pai, algo que ainda não faz sentido para ela. Oliver aparece e acaba tornando toda a viagem mais agradável, mesmo com Hadley preocupada com o horário, já que atrasou-se e vai chegar em cima da hora da cerimônia. Como o nome do livro indica, os dois se dão super bem logo de cara e com o passar do tempo, vemos que tornam-se amigos e aparece aquela incerteza de talvez tenha algo a mais.

Oliver, apesar de ser atencioso, não nos conta logo de cara o que acontece com ele – sabemos desde o começo o motivo da viagem de Hadley, mas a dele não. A narrativa então usa o encanto dela por ele e esse mistério para se desenvolver.

A leitura é super leve e você quer logo chegar ao fim do livro para conhecer o desfecho da história. Apesar de ser um romance, a autora nos coloca em situações relativamente inusitadas nesse tipo de narrativa. As duas personagens principais são bem construídas, com um passado que justifica suas ações – o tanto que é possível desenvolver personagens e justificar escolhas em um livro curto, de narrativa leve sobre amor adolescente.

Eu até demorei alguns dias para ler, mas acredito que quem pega esse livro em um fim de semana com bastante tempo livre consegue ler rapidinho, em um ou dois dias. A escrita da Jennifer é super gostosa e a gente nem vê as páginas passarem.

Ficha técnica
Autora: Jennifer E. Smith
Editora: Galera Record
Ano: 2013
Páginas: 224
ISBN-10: 8501095443