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Star Wars O Despertar da Força, parte 1: Como a saga surgiu

Em 2015, Star Wars ressurgiu. Não que estivesse completamente desaparecido, mas com o lançamento do sétimo episódio, O Despertar da Força, Star Wars estava por todos os lados. E eu, que estava fazendo estudando marketing e comunicação digital, decidi estudar o renascer dessa história e como ela se manteve viva por tantos anos. Esse texto já devia ter visto a luz do sol há anos, mas antes tarde do que nunca.

Desde que começaram as ações de pré-lançamento, alguns números já nos faziam imaginar o sucesso que estava por vir:

  • O primeiro teaser, lançado em novembro de 2014, teve 40 milhões de visualizações em 72 horas.
  • O último trailer foi exibido durante o intervalo de um jogo da NFL e teve mais audiência do que o SuperBowl (!).
  • Em seguida, o trailer foi para a internet e atingiu mais de 14 milhões de visualizações em pouco mais de um dia.
  • Na pré-venda de ingressos, a procura foi tão alta que tirou do ar os sites de vendas.
  • O filme bateu o recorde histórico de primeiro dia de vendas nos Estados Unidos, com oito vezes mais vendas que Jogos Vorazes, que mantinha o título desde 2012.
  • Dois meses antes da estreia, salas já estavam lotadas em todo o mundo.

A gente sabe que hoje, Star Wars é mais do que uma série de filmes. Star Wars é referência na cultura global e na história do cinema. Dia comemorativo no calendário, comunidades de fãs, eventos temáticos e empolgação eterna com novos produtos fazem Star Wars diferente de outros filmes. Sim, temos outros exemplos de histórias que também poderiam ser citadas aqui, mas hoje a ideia é falar um pouco sobre o relacionamento dos fãs com a saga e tentar entender como Star Wars se tornou uma Lovemark – definição criada por Kevin Roberts, CEO da SAATCHI & SAATHI para as marcas e as empresas que criam conexões emocionais com seu público.

UM POUQUINHO DE HISTÓRIA

Quando foi lançado, em 1977, Star Wars era diferente da maior parte dos filmes que estrearam naquela década. A indústria cinematográfica estava focada em filmes criados para a geração baby boomer, que tinha vivido o período da Guerra do Vietnã. Os filmes eram realistas, com personagens complexos e finais infelizes. Era um cinema sofisticado, hoje considerado clássico, e marcado por diretores respeitados, como Francis Coppola e Martin Scorsese.

George Lucas percebeu uma necessidade do público que estava começando a consumir os produtos de entretenimento, os filhos dos baby boomers. Eram crianças e pré-adolescentes, entre 10 e 12 anos, que não tinham a guerra como uma forte referência da sua geração e também não tinham vivido o mundo de fantasia que George Lucas viveu na sua infância. Na época, parece que até a Disney tinha desistido de seu domínio pelo mercado infantil e nada a substituiu.

Surgiu então Star Wars. O roteiro era de um filme infantil de moralidade básica: certo e errado, herói e do vilão, personagens simples, aventuras e finais felizes.

Contando assim, parece que a fórmula do sucesso foi simples, mas é só uma suposição. Chris Taylor, um estudioso da franquia, conta que desde o primeiro filme, em 1977, nem fãs e críticos conseguem explicar o apelo de Star Wars com certeza do que estão dizendo. Desde o primeiro dia nos cinemas, Star Wars bateu recordes e mostrou que era algo fora do comum.

O filme estreou em uma quarta-feira, quando o público alvo de George Lucas estava na escola. Ainda assim, arrecadou 255 mil dólares naquele dia. Em média, foram arrecadados 8 mil dólares por sala que exibiu o longa – valor que os cinemas geralmente ganhavam em uma semana.

Aqui, muita gente ainda não considerava Star Wars extraordinário. Foi um detalhe que começou a mudar a percepção das pessoas: a venda de bottons e camisetas do filme nas portas dos cinemas, as filas que não desapareciam e o surgimento de um novo tipo de fã: o que assistia várias vezes.

Clique aqui para ler a parte 2: consolidação

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