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Star Wars O Despertar da Força, parte 2: consolidação

Passado o choque inicial, até mesmo céticos, como Gary Kurtz, que foi um dos produtores do filme começaram a acreditar que Star Wars seria um sucesso. Uma fala sua, publicada em Como Star Wars Conquistou o Universo diz que: “Nós estávamos desconsiderando as filas com base que, nas primeiras três ou quatro semanas, provavelmente não haveria nada além de fãs de ficção científica. Foi apenas após um mês, quando eles continuavam lá, que percebemos que era um fenômeno que se autoperpetuava”.

Uma pesquisa de mercado feita em 1977 com mil crianças mostrou que um terço já tinha visto o filme, e 15% tinha visto mais de uma vez. De acordo com Chris Taylor, “o público americano em geral não andava tão louco assim por um único ponto focal cultural desde os Beatles. Star Wars estava completamente na moda”.

A divulgação de Star Wars foi inovadora para a época. Estar próximo ao público e ter a narrativa expandida para livros, quadrinhos e action figures sempre esteve nos planos e, em 1976, Star Wars apresentou o conceito do primeiro filme para fãs na San Diego Comic Con, em um painel muito diferente dos que temos hoje. No mesmo ano, também participou da 34ª Convenção Mundial de Ficção Científica. Uma versão romantizada do roteiro foi lançada em 1976 e, em conjunto com a Marvel, foram lançados dois volumes de histórias em quadrinhos de Star Wars antes da estreia do filme, com outros três planejados para depois da estreia.

Após estar nos cinemas, Star Wars ainda era um nome comentado e colhia bons resultados:

  • O filme comemorava a venda de 133 milhões de dólares em ingressos.
  • O álbum da trilha sonora tinha vendido 1,3 milhão de unidades.
  • O livro de bolso de Alan Dean Foster, o ghost writer responsável pela romantização do roteiro do primeiro filme, chegou a ser o quarto best-seller no país.

Peter Biskind, autor do livro Como a geração sexo, drogas e rock’n’roll salvou Hollywood conta que “Star Wars acordou os estúdios para o potencial do merchandising, mostrando que a venda de livros, camisetas e bonecos podia ser uma fonte significativa de lucros. As investidas de merchandising de Star Wars, em vez de simplesmente promover o filme, como acontecia no passado, ganharam vida própria”.

O sucesso do filme deixou seu público querendo mais. Uma indagação constante entre os fãs eram algumas pontas soltas no roteiro e se elas teriam explicação. Sequências de filmes, não eram, no entanto, comuns ou populares. Mas Star Wars não acabou ali. O longa foi responsável por um renascimento da ficção científica. Histórias já existentes pegaram embalo no sucesso e muitas outras surgiram.

Já no fim de 1977, George Lucas começou a trabalhar num futuro roteiro para uma continuação, mas esse anúncio não fez muito barulho. Neste momento da história, continuações nunca tinham rendido tanto quando o original. O filme estava previsto para 1980, mas a Twentieth Century Fox, estúdio responsável por Star Wars, achava muito tempo para um novo episódio ser lançado. Foi então que, no início de 1978, contratou um produtor para o que seria a primeira aparição de Star Wars na televisão. Um episódio especial de Natal, que foi ao ar naquele ano, mas foi uma grande decepção.

O roteiro não trouxe os protagonistas que conquistaram o público no primeiro filme, não chamou a atenção dos espectadores e teve perda de audiência enquanto estava no ar. Era de interesse mútuo de George Lucas e do estúdio, assim como dos vendedores de brinquedos, que Star Wars tivesse uma continuação. George Lucas teve pouco envolvimento com a produção do especial, e, por sua vontade, pretendia não se envolver completamente com os novos filmes. Gostaria que Star Wars fosse algo além dele. No entanto, com o fracasso do episódio, percebeu que precisaria estar presente na produção do segundo longa.

A produção do filme passou por problemas de orçamento e o auxílio veio da venda de brinquedos, que tinha rendido mais de 200 milhões de dólares. A produção do segundo filme foi indiretamente paga pelos fãs da saga.

Durante toda a produção, detalhes da história permaneceram segredo absoluto, especialmente a grande revelação da história: o vilão era pai do mocinho. Só um detalhe mudou tudo: O império contra-ataca também foi vendido como livro. Uma semana antes da estreia nos cinemas, os fãs mais radicais já tinham uma ideia do que aconteceria nos cinemas. Mais de 3 milhões de cópias foram vendidas e, mais uma vez, Star Wars mostrava que era muito mais que um filme.

Nos cinemas veio mais sucesso. Tanto na bilheteria como também nas críticas. O Império contra-ataca arrecadou 500 milhões de dólares na bilheteria, o que fez dele a continuação de maior sucesso nos cinemas até então – e ainda hoje vemos reconhecimento de fãs e críticos. Foi aí que perceberam que era o momento de expandir o universo.

Clique aqui para ler a parte 3: universo em expansão
Clique aqui para voltar para a parte 1: como a saga surgiu

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